quinta-feira, 29 de novembro de 2018

ARMINIANISMO E CALVINISMO – ATÉ QUE PONTO VALE A PENA CONTINUAR ESSE DEBATE?




O calvinismo e arminianismo são duas correntes em que envolvem o Cristianismo que tentam explicar questões relacionadas à salvação, soberania e o livre arbítrio.

É a partir da Reforma protestante que Martinho Lutero coloca um ponto de equilíbrio em determinadas questões teológicas relacionadas a Jacob Arminius e João Calvino, pois se de um lado tem a defesa da depravação parcial, por outro tem a depravação total.

Vale lembra que os pontos de vistas defendidos não partem de Jacob Arminius e João Calvino, e sim dos seus discípulos que utilizaram de suas teologias para dar fundamentos aos 5 pontos diferentes entre elas.

Vamos neste artigo, por em questão até que ponto vale a pena continuar o debate de alguns pontos teológicos em torno das correntes arminianista e calvinista.

É bom lembrar que na diversidade do Corpo de Cristo, há uma certa heterogênea nos pontos defendidos por esses dois teólogos. Isso significa que, as denominações podem ser totalmente calvinistas ou arminianista ou parcial nas duas questões.

Conforme SILVA, (2000, p210), cada qual desses grupos tenta defender suas interpretações como sendo a única e verdadeira.

O determinismo e o livre arbítrio são dois polos de uma verdade maior. Inútil será querer eliminar um destes dois polos.

Outro eixo é advertir contra o perigo de render-se a visões extremadas sobre aspectos da salvação e defender uma posição teológica equilibrada: aceitar a soberania e a presciência de Deus ao lado da responsabilidade humana de escolher ou rejeitar a oferta de salvação.
Apesar de ambos “arminianismo e calvinismo” pregarem ao mesmo tempo os “temas teológicos” tais como: Eleição e Predestinação, Expiação “limitada ou ilimitada, Graça “resistível ou irresistível”  e etc, divergem entre si no que tange ponto de vista, e é aqui vale a pena continuar o debate, é por ponto de equilíbrio.

Conforme ( BANZOLI,14) apesar de o arminianismo seja a doutrina da salvação, temos que resgatar os princípios morais sobre o Deus de amor, graça, misericórdia, justiça, retidão e compaixão por todos os homens – sentidos esses abandonados por um calvinismo ansioso de apresentar Deus aos perdidos como alguém que só ama se eles estiverem no rol dos eleitos e se não tiverem essa sorte serão lançados para sempre em um inferno eterno, não tendo nada a fazer contra isso, pois para isso já foram ordenados desde antes da fundação do mundo.

Segundo GIRARDEAU (2011) é verdade que a misericórdia torna possível a condição, mas a justiça demanda o galardão de sua realização. Esta conclusão só poderia ser validada fazendo a fé e a perseverança na santa obediência os produtos da graça eficaz.

Como é de perceber, as ideias arminianas possuem uma disparidade considerável com o sistema calvinista, por essas e outras razões, valem a pena continuar a discutir, pois ambas as discussões possuem verdades essenciais que podem e devem nos unir em Cristo Jesus.

A necessidade de estudar as duas correntes teológicas é de fundamental importância para o cristão, a partir de uma análise cuidadosa para evitar o extremismo tanto de um lado quanto do outro.
           



Referências Bibliográficas
BALZONI, LUCAS. Calvinismo e Arminianismo – Quem está com a razão. Disponível em:https://sempredestinacao.files.wordpress.com/2015/12/lucas_banzoli-calvinismo_ou_arminianismo_quem_esta_com_a_razao.pdf Acesso em : 12 ago.2018.
GIRARDEAU, JOHN. L. Calvinismo e Arminianismo Evangélico – editora: Primícias, 2011.

Silva, Osmar José da. Liturgia, Rituais Símbolos, Cerimônias, Costumes e Historias. ed: Autor, 2000,p 210.



Aluno do Curso de Mestrado em Teologia: DEGNALDO SILVA DE CARVALHO















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