O
calvinismo e arminianismo são duas correntes em que envolvem o Cristianismo que
tentam explicar questões relacionadas à salvação, soberania e o livre arbítrio.
É a
partir da Reforma protestante que Martinho Lutero coloca um ponto de equilíbrio
em determinadas questões teológicas relacionadas a Jacob Arminius e João
Calvino, pois se de um lado tem a defesa da depravação parcial, por outro tem a
depravação total.
Vale
lembra que os pontos de vistas defendidos não partem de Jacob Arminius e João
Calvino, e sim dos seus discípulos que utilizaram de suas teologias para dar
fundamentos aos 5 pontos diferentes entre elas.
Vamos
neste artigo, por em questão até que ponto vale a pena continuar o debate de
alguns pontos teológicos em torno das correntes arminianista e calvinista.
É
bom lembrar que na diversidade do Corpo de Cristo, há uma certa heterogênea nos
pontos defendidos por esses dois teólogos. Isso significa que, as denominações
podem ser totalmente calvinistas ou arminianista ou parcial nas duas questões.
Conforme
SILVA, (2000, p210), cada qual desses grupos tenta defender suas interpretações
como sendo a única e verdadeira.
O
determinismo e o livre arbítrio são dois polos de uma verdade maior. Inútil
será querer eliminar um destes dois polos.
Outro
eixo é advertir contra o perigo de render-se a visões extremadas sobre aspectos
da salvação e defender uma posição teológica equilibrada: aceitar a soberania e
a presciência de Deus ao lado da responsabilidade humana de escolher ou
rejeitar a oferta de salvação.
Apesar
de ambos “arminianismo e calvinismo” pregarem ao mesmo tempo os “temas
teológicos” tais como: Eleição e Predestinação, Expiação “limitada ou ilimitada,
Graça “resistível ou irresistível” e etc,
divergem entre si no que tange ponto de vista, e é aqui vale a pena continuar o
debate, é por ponto de equilíbrio.
Conforme
( BANZOLI,14) apesar de o arminianismo seja a doutrina da salvação, temos que
resgatar os princípios morais sobre o Deus de amor, graça, misericórdia,
justiça, retidão e compaixão por todos os homens – sentidos esses abandonados
por um calvinismo ansioso de apresentar Deus aos perdidos como alguém que só
ama se eles estiverem no rol dos eleitos e se não tiverem essa sorte serão
lançados para sempre em um inferno eterno, não tendo nada a fazer contra isso,
pois para isso já foram ordenados desde antes da fundação do mundo.
Segundo GIRARDEAU (2011) é verdade
que a misericórdia torna possível a condição, mas a justiça demanda o galardão
de sua realização. Esta conclusão só poderia ser validada fazendo a fé e a
perseverança na santa obediência os produtos da graça eficaz.
Como é de perceber, as ideias
arminianas possuem uma disparidade considerável com o sistema calvinista, por
essas e outras razões, valem a pena continuar a discutir, pois ambas as
discussões possuem verdades essenciais que podem e devem nos unir em Cristo
Jesus.
A necessidade de estudar as duas
correntes teológicas é de fundamental importância para o cristão, a partir de
uma análise cuidadosa para evitar o extremismo tanto de um lado quanto do
outro.
BALZONI, LUCAS. Calvinismo e Arminianismo –
Quem está com a razão. Disponível em:https://sempredestinacao.files.wordpress.com/2015/12/lucas_banzoli-calvinismo_ou_arminianismo_quem_esta_com_a_razao.pdf
Acesso em : 12 ago.2018.
GIRARDEAU, JOHN. L. Calvinismo e Arminianismo
Evangélico – editora: Primícias, 2011.
Silva, Osmar José da. Liturgia, Rituais
Símbolos, Cerimônias, Costumes e Historias. ed: Autor, 2000,p 210.
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