segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

CURSO DE TEOLOGIA ON LINE


Quem é o autor do mal?

De acordo com Sto. Agostinho, "do ponto de vista metafísico-ontológico, não existe mal no cosmos, mas apenas graus inferiores de ser, em relação a Deus, graus esses que dependem da finitude do ser criado e dos diferentes níveis dessa finitude". E ainda Agostinho "O mal moral é o pecado. Esse depende de nossa má vontade. E a má vontade não tem “causa eficiente”, e sim muito mais, “causa deficiente”. Por sua natureza, a vontade deveria tender para o Bem supremo".

Mas quem é o autor do mal? Se Deus criou todas as coisas, e se o mal existe, não é correto afirmar que Ele também criou o mal? Se Deus é amor e infinito em misericórdia, como poderia tê-lo criado? Se isso é assim, não seria o próprio Deus a fonte dos nossos males? O culpado da nossa desgraça?
Em Isaías 45.7, Deus diz: "Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas." Aceitamos como verdade inegável esta afirmação de Deus. Agora, como devemos entendê-la?
Algumas pessoas têm usado este versículo para definir o caráter de Deus como um ser mal, até sugerindo que o Deus do Velho Testamento é malevolente e vingativo em contraste com Jesus, o bom e benevolente Deus do Novo Testamento. Tais conclusões contradizem as claras afirmações do Velho Testamento ("Bom e reto é o Senhor, por isso, aponta o caminho aos pecadores" (Sl 25.8)
A palavra "mal" em Isaías 45.7 vem de uma palavra original que pode ter vários sentidos. Neste contexto e em outros onde Deus faz ou traz o mal, a palavra significa "calamidade" ou "punição". É o oposto de paz. Deus usaria Ciro para "abater as nações" (45.1). Em 45.8, Deus promete salvação (paz) e justiça (punição ou mal). Outros trechos usam a mesma linguagem. Os males que Deus ameaçou trazer em 2Rs 22.16 foram punições e calamidades (Js 23.15, onde aparece a mesma palavra no original).
Deus não criou o mal no sentido moral. "Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal" (Salmo 5:4-5). Deus não tenta ninguém, pois ele é a fonte de "toda boa dádiva e todo dom perfeito" (Tg 1.13-17).

Pr. Vicente Paula Leite

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

A criança na igreja

Nesses dias em que a igreja de Suzano realiza a escola bíblica de férias com nossas crianças me vem à memória  aprendizagens maravilhosas e momentos muito agradáveis na igreja durante a minha infância.

Apesar da escassez de recursos tecnológicos na década de 80 e 90 a igreja era muito empenhada em fazer eventos específicos para os pequenos. Havia histórias com fantoche, brincadeiras, muito dinâmica e atividades maravilhosas que eu jamais esquecerei...

Eu gostaria de enfatizar que, apesar da modernidade tecnológica, criança continua sendo criança e deve ser tratada como tal. a criança deve ser estimulada na sua criatividade, curiosidade, imaginação, energia para pular e brincar e muito, muito conhecimento de Deus e de seu amor para conosco.

Infelizmente ainda se vê crianças sendo tratadas como mini adultos crianças na igreja assumindo cargos e posições de responsabilidade acima das suas condições intelectuais e emocionais - O que é um grande equívoco. crianças não podem pular essa etapa tão maravilhosa que é a infância.

Criança não pode ser Regente de grupos, criança não pode liderar grupos mais velhos ou até mesmo de sua idade, não se deve depositar nela Uma expectativa de maturidade e resolução de conflitos, porque ela está no período de maturação    devendo ser educada e não contrário.

É muito bonito ver uma criança pregando e cantando sendo ela mesma autêntica e inocente, mas quando uma criança começa a imitar trejeitos de adultos, repetir frases prontas que nem mesmo ela entende o que está falando e gesticular de uma maneira exagerada, facilmente percebe-se que ela não está sendo ela mesma mas está teatralizando.

Há muitos relatos de crianças que tornaram-se adultos anciosos, angustiados Como por exemplo o ator Macaulay Culkin que viveu a sua infância em prol de um desejo que os pais dele tinham sobre ele podaram-lhe o direito  de  ser apenas uma criança.

A psicologia da aprendizagem e do desenvolvimento fundamentados em Vygotsky, leontiev, Piaget, entre outros, defendem a importância de interferência e mediação e motivação das Gerações adultas sobre a infância de maneira que seja sempre respeitada a fase em que a criança está. estimulando a  a desenvolver-se de forma lúdica, sempre divertida com músicas e ensinamentos numa linguagem adaptada para elas.  criança é criança e não um adulto em miniatura

Parabéns aos líderes infantis que ainda insistem e continuam empenhados nesse Belo trabalho.  Escola bíblica de férias - eu apoio este trabalho.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A REJEIÇÃO DOS JUDEUS É PARCIAL, NÃO TOTAL


Rm 11.1 “Terá Deus rejeitado seu povo? De modo nenhum...”


O apóstolo calorosamente repudia a ideia de que a desobediência de Israel equivalia a Deus rejeitar seu próprio povo. Pode ter parecido que era esta de fato a conclusão do argumento de Paulo, mas ele a rejeita numa linguagem forte.

Deus não o rejeitara de todo. Esse desfecho de um abandono total, que a situação histórica até parecia corroborar, foi evitado por uma referência ao passado.

Paulo escolhe o caso de Elias (1Rs 19). É fato paralelo à presente situação. O profeta tivera bom motivo de condenar Israel; porém Deus corrigiu esse pessimismo com a revelação do remanescente.

Por obstinado que algum povo seja em qualquer tempo, sempre há lugar para um restante escolhido por Deus. O Senhor ainda queria ser gracioso com Israel.

A eleição provém da graça. Se proviesse das obras, não podia haver graça. Israel, no seu conjunto, falhou em ajustar suas relações com Deus, mas a verdadeira eleição alcançou de Deus essa justiça.

Enquanto existir o hoje, há esperança.


Pr. Vicente Paula Leite


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Nem todo sofrimento é maldição

Uma falsa premissa afira que todo o sofrimento e adversidade é sempre causado pelo pecado de algum indivíduo e não pela presença do pecado no mundo. Em (João 9.1-3).JESUS quebra o paradigma, rejeitando a ideia de consequência. O propósito da enfermidade neste caso é a manifestação no doente das obras e o poder de DEUS, Por isso o sofrimento ou dor, às vezes, serve como “megafone” de DEUS, uma única maneira de DEUS chamar a atenção de certas pessoas." #capelaniafaculdadeibetel