quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Poema de agradecimento a Deus pelo chamado

 Lido pela primeira vez em 06 de dezembro de 2014, data da indicação para o Pastorado na Igreja Bíblica Brasileira! 



Ele não fez poemas, antes, foi a própria poesia, vivida e encarnada. Ele cavou fundo em nós. Encontrando as palavras drummonizadas, em estado de dicionário, soprou-lhes o fôlego da existência.
Ele me levou à Casa do Oleiro e me fez ver como é sua arte... Eu vi quando fez o boneco e quando o fez andar, falar, correr..Eu vi como sorriu quando os olhares se encontraram... e vi como chorou quando o boneco se quebrou debaixo daquela árvore.
Ele me disse: Gente não é como vaso... em gente o barro fica mais duro!
Eu o vi assumir a forma de barro então, e crescer entre nós... eu o vi sujar-se da nossa lama, sem se contaminar; amoldar-se à nossa humanidade , sem pecar. Humilhar-se sem se curvar.
Também o vi voltando ao Paraíso, à velha árvore, pendurado no madeiro. O justo pelos injustos. E amassado, quebrado, moído e partido... devolver a face do amor e do perdão! E ouvi seu último suspiro... o fôlego de vida de volta ao Pai!
Quando olhei para a cruz, Ele não estava mais no alto do madeiro. Estava bem mais alto agora. Eu li a inscrição e vi meu nome entre os que se quebraram na fonte. E vi sua luz se misturar com o barro-essência-humanizado. E o vi novamente ressuscitado!
E quando o vejo agora eu me vejo nEle. E logo já não sou Eu , nem é Ele. Somos Um. Massa homogênea, Cristogênea, tudo junto e misturado na CASA DO OLEIRO!

Prof. Marco Aurelio Queiroz

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