Lido
pela primeira vez em 06 de dezembro de 2014, data da indicação para o Pastorado
na Igreja Bíblica Brasileira!
Ele não fez poemas, antes, foi a própria poesia,
vivida e encarnada. Ele cavou fundo em nós. Encontrando as palavras
drummonizadas, em estado de dicionário, soprou-lhes o fôlego da existência.
Ele me levou à Casa do Oleiro e
me fez ver como é sua arte... Eu vi quando fez o boneco e quando o fez andar,
falar, correr..Eu vi como sorriu quando os olhares se encontraram... e vi como
chorou quando o boneco se quebrou debaixo daquela árvore.
Ele me disse: Gente não é como
vaso... em gente o barro
fica mais duro!
Eu o vi assumir a forma de barro então, e crescer
entre nós... eu o vi sujar-se da nossa lama, sem se contaminar; amoldar-se à
nossa humanidade , sem pecar. Humilhar-se sem se curvar.
Também o vi voltando ao Paraíso,
à velha árvore, pendurado no madeiro. O justo pelos injustos. E amassado,
quebrado, moído e partido... devolver a face do amor e do perdão! E ouvi seu
último suspiro... o fôlego de vida de volta ao Pai!
Quando olhei para a cruz, Ele não
estava mais no alto do madeiro. Estava bem mais alto agora. Eu li a inscrição e
vi meu nome entre os que se quebraram na fonte. E vi sua luz se misturar com o
barro-essência-humanizado. E o vi novamente ressuscitado!
E quando o vejo agora eu me vejo
nEle. E logo já não sou Eu , nem é Ele. Somos Um. Massa homogênea, Cristogênea,
tudo junto e misturado na CASA DO OLEIRO!
Prof. Marco Aurelio Queiroz
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.